A praiana Ilhéus, no sul da Bahia, não tem muita coisa em comum com a montanhosa Mucugê, situada na Chapada Diamantina. A primeira possui a maior faixa litorânea entre os municípios baianos e construiu sua história e riqueza sobre a cultura do cacau; a segunda, fundada no século XVIII, foi o centro da exploração de ouro e diamante, um ciclo que se foi e deixou apenas lembranças. Ilhéus e Mucugê, cada uma com suas características, são cidades extremamente bonitas e atrativas. Uma tem montanhas, vales, cachoeiras e um patrimônio histórico-arquitetônico preservadíssimo; a outra tem belas praias, matas, rios, a Lagoa Encantada e um patrimônio cultural apenas razoavelmente preservado. Mas o que Mucugê, com seus cerca de 15 mil habitantes, tem a ensinar a Ilhéus, um dos maiores municípios da Bahia? Se o assunto for turismo, a resposta é “tudo”. Bem distante do ciclo do ouro e do diamante, Mucugê tem hoje sua economia focada na agropecuária e no turismo. Vizinha a Lençóis, a cidade recebe visitantes durante todo o ano e é o tipo de lugar em que o turista se sente verdadeiramente acolhido. A impressão que se tem é de que cada morador é um amigo, um guia, alguém que entende a importância de quem chega para a economia da cidade. Em Jequié este exemplo também poderia ser seguido principalmente nestes períodos de festas como o São João.
Mucugê, situada na Chapada Diamantina (Foto Produção).